quarta-feira, 6 de maio de 2009

Preparativos para a maquete

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, onde estamos a desenvolver este trabalho com o tema “Ambiente e sustentabilidade”, mais direccionado para a casa ecológica, decidimos fazer uma maquete que mostre a reutilização das energias.

Para a construção desta, contactamos com dois arquitectos, optando assim pelo material pvc (na imagem ao lado).

Um dos arquitectos ofereceu-se para fazer o projecto da maquete. Achámos o projecto um pouco pequeno, por isso decidimos ampliar para o dobro, ficando assim 32x48cm de base e 13cm de altura.

Mais tarde, publicaremos as fotografias no blog as fotografias dos diferentes passos da construção da maquete. Actualmente estamos a tratar da construção das paredes exterior da casa (maquete).

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Isolamento da Casa Ecológica

A necessidade de manter uma temperatura confortável no interior da habitação é uma preocupação constante e comum, porém por falhas de construção, nomeadamente relacionadas com o isolamento, parte da energia gasta para o aquecimento interior é desperdiçada. Esta, chamada dispersão térmica origina despesas consideráveis e inúteis, provocando para além disso, o aumento constante de poluição e calor agravando o efeito de estufa. Observando bem, a dispersão energética traduz-se no pagamento de energia e combustíveis para na prática, aquecer o ar exterior aumentando os problemas ambientais. Com um exemplo, podemos ilustrar através da colocação de um aquecedor no jardim de casa, no mínimo uma situação ridícula com consequências.
O conforto térmico faz parte da Legislação Portuguesa desde 1990, na medida em que é um factor importante e fundamental na construção civil, ou seja, o isolamento e a forma como é colocado tem que garantir o conforto necessário aos utilizadores, e consta no Regulamento das Características do Comportamento Térmico dos Edifícios (D.L. n.º 40/90).
Porque é importante isolar uma casa?
A justificação de falar-se de uma forma tão relevante desta composição neste trabalho, é para não desperdiçar calor, logo energia, bem-estar e dinheiro ajudando assim o planeta.
Isolar significa separar, e numa casa existem dois tipos de isolamento – o térmico, que consiste em colocar a mesma em condições de não emitir calor, não deixar passar para o exterior, ou vice-versa, e o acústico que é o mesmo porém em vez de calor como o centro, tem-se o som – a este não vamos dar tanta importância visto que o som não influência tanto o ambiente.
O isolamento térmico serva para reduzir as trocas térmicas entre ambientes com diferentes temperaturas e características (humidade, entre outras) e com um bom funcionamento do mesmo existem acontecimentos que serão evitados, nomeadamente:
  1. Dispersões significativas de calor do interior para o exterior, bem como a entrada excessiva de calor estival para o interior;
  2. Choques térmicos que poderiam provocar fissuras nas paredes;
  3. Aparecimento de vapor de água nas paredes interiores, que se ficarem húmidas será invadido por fungos e microrganismos que posteriormente causam a degradação dos materiais;
  4. Pontes térmicas (Todos os pontos em que há uma significativa dispersão de calor, causada pela junção de materiais diferentes ou pela interrupção do material isolante).
Arquitectura Bioclimática

A arquitectura Bioclimática é um conjunto de tecnologias a implementar na habitação, em prol da diminuição dos consumos energéticos associado a um bom desempenho ambiental do edifício mantendo, ou até aumentando o conforto e reduzindo os custos.

Uma das maiores preocupações no interior do lar é o conforto face às temperaturas. No verão é frequente a existência de ar condicionado e/ou ventoinhas sendo substituídas no inverno por aquecedores. Este sector - a climatização - ocupa cerca de 15% de toda a energia consumida dentro de casa e é um dos pontos onde estas tecnologias actuam através de dois princípios: estratégias de arrefecimento (Verão) e estratégias de aquecimento (Inverno).

Na planta do edifício deve ter uma base regular; quadrada ou rectângula sem reentrâncias o que provocaria zonas de sombra e de perdas térmicas é um bom começo para reduzir as preocupações climatéricas dentro da habitação.

A posição do edifício face aos raios solares - este deve possuir as principais fachadas da casa (sala e quartos) orientadas para sul a fim de aproveitar todo o ano os raios solares. Em Portugal durante a estação mais quente do ano, o sol encontra-se alto não penetrando a casa da mesma maneira que no Inverno, quando este está baixo e com janelas de grandes dimensões entra pela casa a dentro e aquecendo as divisões.

Se possível a colocação de sombreamentos exteriores permite o efeito de sombra para a casa, reduzindo ainda mais a entrada directa dos raios solares. Estes podem ser por meio de saliências de telhados e varandas, ou por persianas ou toldos exteriores. Um sistema também opcional de climatização é a colocação de um bom isolante (assunto que irá ser desenvolvido mais é frente) bem como a utilização de paredes exteriores espessas e usar materiais de construção transpirantes e com uma boa inércia térmica deixando assim passar o vapor de ar para fora e acumulando calor durante o dia que será libertado durante a noite.

Não é muito conhecida nem aplicada mas constitui também uma opção para controlar as temperaturas; é baseada no contra ciclo da evolução das temperaturas e consiste na montagem de tubos subterrâneos nos quais o ar entra frio e sai mais quente – caso de inverno, ou vice-versa aquando verão, ou seja, sabe-se que no verão o solo atinge temperaturas de inverno e no inverno temperaturas de verão, assim quando o ar é sugado e “passeia” nos tubos vai alterar a sua temperatura tal como é pretendido, gastando apenas a energia do ventilador que é responsável pela entrada e saída do ar. Pintar de cores claras e reflectoras as zonas quentes para projectarem para fora o calor é também uma medida a ter em conta.

Quando, nos espaços exteriores, existe uma piscina esta funciona como um sistema de arrefecimento de temperaturas tal como podemos observar na figura ao lado, ao qual dá-se o nome de Arrefecimento evaporativo pois as ondas de ar arrefecido proveniente da piscina, influencia a outro mais quente, reduzindo as suas temperaturas.


Para além de preocupações com a climatização interior, este tipo de arquitectura preocupa-se também com as necessidades de ventilação e iluminação através de alguma das medidas mencionadas. Relativamente à ventilação uma medida bastante aplicada relaciona-se com a existência de espaços amplos na casa para uma melhor circulação do ar.

Respeitantemente á iluminação, este tipo de arquitectura aconselha a uma maior dimensão da área envidraçada, para como é óbvio, a luz natural invadir a casa e com a medida já mencionada de ampliar espaços, a iluminação atingirá áreas mais extensas.

Com todos estes processos, verificámos quão acessível é, por pequenas decisões e alterações possuir de uma forma mais confortável uma casa que gaste menos energia ajudando o ambiente bem como as poupanças familiares.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sugestões para o interior da casa ecológica

Algumas Regras Gerais:
  • Apagar as luzes das divisões da casa que não estão a ser usadas;
  • Não deixar as janelas abertas com os sistemas de climatização ligados;
  • Manter o termómetro da caldeira a 60ºC;
  • Usar um chuveiro de baixa pressão;
  • Verificar o calcário da máquina da roupa;
  • Reduzir a temperatura de lavagem da roupa;
  • Lavar a roupa apenas com a máquina cheia;
  • Esperar até ter uma grande quantidade de roupa para ser engomada;
  • Retirar os carregadores de telemóveis das tomadas, assim que a bateria estiver carregada;
  • Colocar o frigorífico a mais de 10 centímetros da parede;
  • Descongelar o congelador sempre que o gelo tiver uma espessura superior a 5 milímetros;
  • Não encher o congelador;
  • Pôr a máquina da loiça a trabalhar em modo económico ou rápido;
  • Evitar sacos de plástico;
  • Não descartar descartáveis, mas sim reutilizá-los;
  • Não imprimir sem necessidade;
  • Reciclar o lixo.



Lâmpadas fluorescentes compactas:


As lâmpadas fluorescentes compactas gastam apenas 20% da energia das incandescentes, para a luminosidade. São mais caras, mas também duram mais.



Regulador de intensidade:

Com este aparelho é possível escolher a quantidade de luz exacta de que se precisa. Pode-se usar também sensores de movimento (lâmpadas que só se acendem quando detectam movimento).




Cortinados:


O uso de um simples cortinado reduz 30% das perdas de calor da casa. No entanto, no Verão, os estores de lâminas são mais eficientes.




Se optar por um ar condicionado:


- Escolher um ar condicionado com sistema de alto COP (produção normal de energia e baixo consumo eléctrico);


- Reduzir a intensidade do ar condicionado em grau centígrado poupa 10% da energia;

- Limpar ou substituir os filtros do ar condicionado com frequência, pois os filtros sujos impedem o escoamento do ar e obrigam a um maior gasto energético;

- Usar ventoinhas como complemento do ar condicionado contribui para a diminuição do consumo.


Instalar vidros duplos e tapas as frestas com fita de estuma:

Esta acção faz-nos poupar até 30% dos gastos energéticos com sistemas de climatização, visto que pelas janelas perde-se 10% a 25% do calor e do frio de uma habitação.




Se tiver uma lareira:

- Fechar as saídas de fumo desta, se não estivermos a usá-la;


- Controlar os recuperadores de calor (estes devem multiplicar por 3 a eficiência das lareiras).



Instalar colectores térmicos para aquecer a água:

O ideal é ter um metro quadrado por pessoa. O retorno do investimento, sem contar com subsídios, dá-se em 12 a 15 anos.







Usar carregadores solares:

Estão disponíveis para telemóveis, pilhas, PDAs, câmaras de filmar, leitores de MP3, etc… Estes aparelhos não contêm emissões.





Escolher electrodomésticos de alta eficiência:

As diferenças de preço são pequenas e as poupanças de energia consideráveis: no caso dos frigoríficos, por exemplo, os de classe A+ e A++ utilizam, respectivamente, menos de 25% e 45% do que os de classe A. Ou seja, uma casa portuguesa com um frigorífico A++, em vez de um A, emite menos 135 quilos de CO2 e gasta menos 270 kWh – cerca de 30€ por ano. As classes menos eficientes (D, E, F e G) já são comercializadas na União Europeia.

Na construção da Casa Ecológica

Ao construir uma casa há que ter em conta o que pretendamos que ela seja. Uma casa ecológica tem responsabilidades com o ambiente e como tal existem “princípios de construção” mais concretamente direccionados para os materiais a utilizar. Uma casa ecológica fisicamente, distingue-se da convencional não só pelas atitudes tomadas pelos habitantes, mas também pelas dos construtores.
Relativamente á escolha dos materiais podemos enumerar, o que demos o nome de princípios de construção, e eles são:
  • As matérias-primas devem ser renováveis ou de origem natural;
  • Utilizar recursos disponíveis no local em grande quantidade para evitar transportes;
  • De preferência a ausência de produtos que danifiquem a saúde ou o meio ambiente;
  • Optar por materiais que sejam produzidos com baixos recursos energéticos;
  • Evitar materiais com emissões de substâncias nocivas;
  • Adquirir o máximo de informações detalhadas do processo de aplicação e utilização dos mesmos.

Para além dos princípios divulgados, há que ter em conta que uma casa ecológica deve reduzir os custos e os impactos no ambiente. Os construtores têm ainda que pensar nas características dos materiais de construção de modo a garantir um máximo de conforto aos habitantes, como tal o indicado é que a casa não necessite de elevada manutenção, o que se traduzirá em materiais que respondam a critérios de durabilidade e manutenção reduzida.

Ao fim da casa construída há que ter cuidados com os resíduos, estes devem ser devidamente separados e reaproveitados.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Introdução ao Tema

     A Terra é um planeta frágil, ameaçado pelo comportamento inadequado e pouco racional do ser humano.
     O grande problema ecológico dos nossos dias reside no facto de que o ritmo de exploração, degradação e destruição dos recursos naturais ter-se tornado, em muitos domínios, mais acelerado do que a própria capacidade da Natureza para os repor. Não garantindo assim que as gerações futuras, possam usufruir dos bens necessários á sua sobrevivência, devido ao aumento demográfico explosivo e o consumo desenfreado dos recursos não renováveis que podem conduzir ao esgotamento dos recursos e ao acumular de resíduos, que na sua maioria são muito prejudiciais para o nosso planeta. 
      Por isso o comportamento humano pode contribuir para uma melhor gestão dos recursos do nosso planeta, de modo a permitir um desenvolvimento sustentável das sociedades. Para isso é necessário que o solo, a água, e o ar não sejam poluídos e que haja uma gestão racional dos recursos biológicos e geológicos.
      Assim sendo, é necessário educar a sociedade em que vivemos, de modo a que deixe de ser uma sociedade obcecada pelo consumo, e investir na investigação e implementação de novas tecnologias “limpas”, ou seja, tecnologias que não prejudiquem o ambiente.