quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Arquitectura Bioclimática

A arquitectura Bioclimática é um conjunto de tecnologias a implementar na habitação, em prol da diminuição dos consumos energéticos associado a um bom desempenho ambiental do edifício mantendo, ou até aumentando o conforto e reduzindo os custos.

Uma das maiores preocupações no interior do lar é o conforto face às temperaturas. No verão é frequente a existência de ar condicionado e/ou ventoinhas sendo substituídas no inverno por aquecedores. Este sector - a climatização - ocupa cerca de 15% de toda a energia consumida dentro de casa e é um dos pontos onde estas tecnologias actuam através de dois princípios: estratégias de arrefecimento (Verão) e estratégias de aquecimento (Inverno).

Na planta do edifício deve ter uma base regular; quadrada ou rectângula sem reentrâncias o que provocaria zonas de sombra e de perdas térmicas é um bom começo para reduzir as preocupações climatéricas dentro da habitação.

A posição do edifício face aos raios solares - este deve possuir as principais fachadas da casa (sala e quartos) orientadas para sul a fim de aproveitar todo o ano os raios solares. Em Portugal durante a estação mais quente do ano, o sol encontra-se alto não penetrando a casa da mesma maneira que no Inverno, quando este está baixo e com janelas de grandes dimensões entra pela casa a dentro e aquecendo as divisões.

Se possível a colocação de sombreamentos exteriores permite o efeito de sombra para a casa, reduzindo ainda mais a entrada directa dos raios solares. Estes podem ser por meio de saliências de telhados e varandas, ou por persianas ou toldos exteriores. Um sistema também opcional de climatização é a colocação de um bom isolante (assunto que irá ser desenvolvido mais é frente) bem como a utilização de paredes exteriores espessas e usar materiais de construção transpirantes e com uma boa inércia térmica deixando assim passar o vapor de ar para fora e acumulando calor durante o dia que será libertado durante a noite.

Não é muito conhecida nem aplicada mas constitui também uma opção para controlar as temperaturas; é baseada no contra ciclo da evolução das temperaturas e consiste na montagem de tubos subterrâneos nos quais o ar entra frio e sai mais quente – caso de inverno, ou vice-versa aquando verão, ou seja, sabe-se que no verão o solo atinge temperaturas de inverno e no inverno temperaturas de verão, assim quando o ar é sugado e “passeia” nos tubos vai alterar a sua temperatura tal como é pretendido, gastando apenas a energia do ventilador que é responsável pela entrada e saída do ar. Pintar de cores claras e reflectoras as zonas quentes para projectarem para fora o calor é também uma medida a ter em conta.

Quando, nos espaços exteriores, existe uma piscina esta funciona como um sistema de arrefecimento de temperaturas tal como podemos observar na figura ao lado, ao qual dá-se o nome de Arrefecimento evaporativo pois as ondas de ar arrefecido proveniente da piscina, influencia a outro mais quente, reduzindo as suas temperaturas.


Para além de preocupações com a climatização interior, este tipo de arquitectura preocupa-se também com as necessidades de ventilação e iluminação através de alguma das medidas mencionadas. Relativamente à ventilação uma medida bastante aplicada relaciona-se com a existência de espaços amplos na casa para uma melhor circulação do ar.

Respeitantemente á iluminação, este tipo de arquitectura aconselha a uma maior dimensão da área envidraçada, para como é óbvio, a luz natural invadir a casa e com a medida já mencionada de ampliar espaços, a iluminação atingirá áreas mais extensas.

Com todos estes processos, verificámos quão acessível é, por pequenas decisões e alterações possuir de uma forma mais confortável uma casa que gaste menos energia ajudando o ambiente bem como as poupanças familiares.

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